sexta-feira, 30 de maio de 2008

Incertezas




Tentar por meio de palavras demonstrar o que sinto, definitivamente, não é tarefa tão simples... Ainda mais quando nem mesmo consigo explicar o que me faz ir a pólos tão distintos e tão confusos. Estar triste ou feliz por determinados acontecimentos faz de mim tão comum quanto qualquer outra pessoa, entretanto, por que não consigo passar dessa fase?! Por que não consigo?! Tristeza?! Ansiedade?! Apreensão?! Frustração?!

O que dizer quando nada é capaz de consolar um coração que sofre por algo, ou alguém??? Por vezes sentimos dores em lugares do corpo que mal sabíamos que existiam, outras horas sentimos alegria capaz de contagiar a todos que convivem conosco. Ainda que cercada por tantas outras pessoas, é doída a sensação de solidão... É triste olhar para os lados e admitir que SIM... ESTOU SOZINHA!!!

Por mais que você tenha perto de você pessoas com que possa contar... Por mais que elas lhe ofereçam um ombro amigo em que possa chorar e afundar suas mágoas... Por mais que todas te escutem... Você está sozinho. Por vezes abomino meus momentos de solidão, todavia, são nesses momentos em mais me inspiro, mais percebo o quanto tenho em mim opiniões e valores que antes desconhecia...

Percebo que quando estou sozinha tenho a capacidade de organizar pensamentos e coisas que julgava certas... Erradas... Ou simplesmente insignificantes quanto aos meus valores, ‘achismos’ e afins. Assim, prefiro a certeza de minha solidão à incerteza dos acasos da vida. Ainda que eu deteste estar sozinha, acho que estes momentos acabam por lapidar meu caráter, o cerne de minha existência eu diria. Mesmo que tal afirmação me remeta ao trecho da música de Tom Jobim (Wave), “... É impossível ser feliz sozinho…”.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Polícia, escândalos e impunidade

Numa época em que muito se fala em aquecimento global, crise aérea, corrupção, entre tantos assuntos não menos importantes, um tema vem sendo pouco discutido: o tráfico de informação e a conseqüente participação de membros da corporação policial em escândalos. O fato de que o policiamento brasileiro não vem desempenhando de maneira adequada seu papel, é um dado preocupante.

Tomando-se por base seu significado literal, o termo "polícia" representa a corporação policial incumbida em manter a ordem e a segurança pública, através de um conjunto de leis e disposições. Todavia, atualmente a população esta segura?!

É comum nos dias de hoje, ver que por tão pouco, policiais entregam a traficantes, dentre outros criminosos, informações sobre operações sigilosas, facilitam a fuga de presos, tornam acessível a compra de aparelhos celulares, drogas e afins, sendo assim válvula de escape para o narcotráfico que cresce a cada dia em morros e favelas, estreitando relações (até então improváveis) e dando o famoso "jeitinho brasileiro".

Ainda, a criminalidade adquire vida própria, enquanto pessoas que trabalham incansavelmente para manter o sustento familiar permanecem enjauladas em suas residências - que mais parecem prisões - a espera de políticas públicas, ou seja, diretrizes que visem solucionar problemas ligados à sociedade como um todo, que lhes respaldem a ponto de garantir-lhes segurança e proteção suficiente para se viver. Já os presídios - que mais parecem depósitos de pessoas - estão cheios de mecanismos e pontes que mantém ligação íntima e incessante com a criminalidade.

Qual a solução (paliativa)!??!?! Uma reciclagem, para que o joio seja extraído e apenas o trigo vingue. Deve-se voltar à prática das primeiras obras, onde a população era posta em primazia; e o respeito, a credibilidade e a confiança venham ser características inerentes a este setor tão importante para o bom andamento de uma nação, e não apenas uma realidade utópica. Desta maneira, perdurará o firmamento entre os serviços prestados e o contentamento coletivo, ainda que por meio de uma medida banal, porém desesperada de um país que clama por justiça.